sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

intolerância



Eu era uma pessoa intolerante. Exageradamente intolerante. Irritava-me isto e aquilo, mesmo que fossem pequenas coisas. Não suportava muitas atitudes das pessoas. Até ao dia em que ouvi esta história: «Num comboio de luxo um senhor tinha comprado o seu bilhete de 1ª classe e, claro, estava bastante confortável. Porém, numa paragem entrou um outro senhor muito bem vestido com dois filhos absolutamente insuportáveis. Saltavam e metiam-se, atiravam água para os passageiros, estavam completamente histéricos e o pai não fazia rigorosamente nada, até que o senhor, enfim, achava que tinha os seus direitos e que aquilo estava a interferir com a sua liberdade, resolveu ir falar com aquele pai e disse: “Olhe, desculpe, eu acho inacreditável o que está aqui a acontecer, os seus filhos estão a comportar-se como o senhor está a ver e o senhor não faz rigorosamente nada. Eu não acho isto normal.” E a resposta do pai foi: “Nós acabamos de sair do hospital onde eles viram a mãe morrer. Se o senhor me disser o que é que eu lhes posso dizer, eu adorava ter a sua ajuda. Mas eu não sei o que é que posso fazer, eu próprio não estou em mim.”».


3 comentários:

Anónimo disse...

já conhecia esta história e faz-nos mesmo pensar na vida. gostei do teu blog e sigo *

Letícia Pereira disse...

Segui o teu blogue*

Unknown disse...

Olá!
Tens um selo no meu blog!
Beijinhos